Chegou de terras longínquas, da Nova Zelândia, com formação académica em design têxtil, com a vontade e a energia da juventude para aprofundar os seus conhecimentos e experienciar novas e diferentes técnicas e materiais. Começou por sentir o espaço e tudo o que tinha à disposição, traçou com a Isabel um plano informal de trabalho, aprendizagem e experimentação. O tempo encarregou-se de fazer o resto. A Anna-Rose entregou-se com tranquilidade, ora trabalhando em diferentes suportes e com diferentes materiais, ora procurando a fiação. Aqui e ali um passeio a pé ou de bicicleta em jeito de exercício físico, ou um passeio até à vila. Durante a residência, foram possíveis passeios temáticos até à Oficina de Tecelagem Tradicional de Mértola, à Fábrica de Lanifícios de Reguengos de Monsaraz, há muito sob a teimosa orientação da Mizette, a Arraiolos com visita ao Museu do Tapete de Arraiolos e a diferentes artesãs. Durante o período da sua residência, cruzou-se durante uma semana com dois outros residentes, Ami e Amachi do Japão, com uma inevitável, vantajosa e enriquecedora troca de experiências. A Anna-Rose partiu com alegria e o brilho de uma lágrima no olhar, de corpo e alma cheia, com vontade de voltar.